Policiais civis e advogado são presos por vender e escoltar 16 toneladas de maconha para facção criminosa no Rio de Janeiro

Nesta quinta-feira (19), a Polícia Federal (PF) executou a Operação Drake, que resultou na prisão de quatro policiais civis e um advogado no Rio de Janeiro. Segundo as investigações, eles são suspeitos de venderem e escoltarem 16 toneladas de maconha para traficantes da principal facção criminosa do estado.

Cerca de 50 policiais participaram da operação, em parceria com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), que já denunciou os suspeitos à Justiça. A investigação teve início a partir de uma ação integrada do serviço de inteligência da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da PF, que resultou na abordagem de um caminhão carregado de maconha na divisa entre São Paulo e o Rio de Janeiro.

Os policiais civis, que atuavam na Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas da Polícia Civil, escoltaram o caminhão até a Cidade da Polícia Civil, onde negociaram a liberação da carga e do motorista com a ajuda de um advogado ligado aos traficantes. Em troca, eles receberam propina.

Após o pagamento, três viaturas da delegacia escoltaram o caminhão com a droga até Manguinhos, comunidade da zona norte dominada pela facção criminosa. Lá, os 16 toneladas de maconha foram descarregadas pelos criminosos.

A operação foi autorizada pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Resende, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que emitiu cinco mandados de prisão e seis mandados de busca e apreensão. Os mandados foram cumpridos nas cidades do Rio de Janeiro e Saquarema, na Região dos Lagos. As buscas chegaram até a Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas, localizada na Cidade da Polícia.

A investigação foi conduzida pelo Grupo de Investigações Sensíveis da PF (Gise/RJ) e pela Delegacia de Repressão a Drogas (DRE/PF/RJ), com apoio da Corregedoria da Polícia Civil. O nome da operação, Drake, faz referência ao pirata e corsário inglês Francis Drake, conhecido por saquear embarcações que transportavam bens roubados.

Em nota, a Polícia Civil informou que a sua corregedoria apoiou a operação e está instaurando processos administrativos-disciplinares. A corporação reforçou seu compromisso de combate ao crime e destacou que não compactua com desvio de conduta ou atividades ilícitas.

A PF não divulgou a fonte das informações.

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