Projeto de lei garante igualdade de direitos de herança para filhos unilaterais e bilaterais

Nesta terça-feira (28/09/2023), a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 7722/17, que propõe garantir aos filhos apenas por parte de pai ou por parte de mãe os mesmos direitos de herança que são concedidos aos filhos de pai e mãe. Atualmente, de acordo com o Código Civil, os irmãos unilaterais, ou seja, filhos do mesmo pai ou da mesma mãe, herdam apenas metade do que cada um dos bilaterais, que são os filhos do mesmo pai e da mesma mãe herdam.

De acordo com o projeto, caso seja aprovado, cada irmão, independentemente de ser bilateral ou unilateral, receberá partes iguais da herança. Outra mudança proposta pelo projeto é que, no caso de falecimento de um dos irmãos, não importa se os irmãos restantes têm o mesmo pai e a mesma mãe, todos herdarão de forma igualitária.

O relator da proposta, deputado Zé Haroldo Cathedral (PSD-RR), destacou que a mudança está de acordo com a Constituição, reforçando o núcleo essencial da Constituição Federal de 1988, que é a impossibilidade de o legislador infraconstitucional criar discriminação entre filhos. Segundo Cathedral, a aprovação do projeto está em consonância com os princípios de igualdade e não discriminação presentes na Carta Magna.

Agora, o projeto seguirá para análise do Senado, a menos que haja recurso para votação antes pelo Plenário da Câmara. Vale ressaltar que o projeto foi analisado em caráter conclusivo, o que significa que pode seguir para o Senado sem passar pelo Plenário da Câmara, a menos que haja algum recurso.

Essa mudança na legislação é vista como um avanço na garantia de direitos e na promoção da igualdade entre os filhos, independentemente da sua origem familiar. A aprovação do projeto representa um importante passo para eliminar a discriminação existente na legislação atual e permitir que todos os filhos tenham os mesmos direitos.

É importante destacar que essa é uma conquista significativa na luta pelos direitos das crianças e dos adolescentes, e demonstra a importância do debate sobre igualdade e justiça na sociedade brasileira.

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