O painel em questão, conhecido como plugue da porta, foi aberto para reparar rebites danificados no corpo do avião. No entanto, segundo o relatório, nem todos os parafusos foram recolocados quando a porta foi reinstalada no avião.
Uma fotografia anexada a uma mensagem de texto entre membros da equipe da Boeing mostrava que três dos quatro parafusos pareciam estar ausentes. A localização do quarto parafuso estava coberta com isolamento. Essas informações levantam questões sobre a segurança das aeronaves produzidas pela Boeing.
O relatório também intensifica a fiscalização sobre a empresa, que já vinha enfrentando dificuldades desde os acidentes fatais envolvendo os aviões 737 Max 8 em 2018 e 2019. O incidente da Alaska Airlines levou à suspensão do uso de alguns jatos 737 Max 9 pela Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA), impactando as operações das companhias aéreas Alaska e United Airlines.
Além disso, a limitação dos planos de aumento de produção dos jatos Max pela Boeing pelos órgãos reguladores também está contribuindo para a incerteza em relação ao futuro da empresa. Outro problema recentemente descoberto foi a identificação de dois furos que não estavam de acordo com os requisitos nos corpos de dezenas de aviões 737 Max inacabados, atrasando ainda mais suas entregas.
Diante desses desafios, a Boeing está buscando reforçar suas medidas de controle de qualidade, com o CEO visitando fornecedores e realizando eventos para conscientização dos funcionários. A FAA também aumentou sua presença para monitorar de perto a produção de aeronaves da empresa e abriu uma investigação sobre o cumprimento das normas de segurança pela fabricante.
Em suma, a situação da Boeing tem gerado preocupações em diferentes frentes, desde a segurança das aeronaves até a capacidade da empresa de entregar seus aviões no prazo. As consequências financeiras e de reputação desse cenário atualmente são desconhecidas, mas a empresa está buscando reforçar seus esforços para garantir a qualidade e segurança de suas aeronaves.