Antes mesmo do início do mês de outubro, 200 palestinos já haviam perdido a vida na área em 2023, marcando o maior número de mortes em um período de dez meses desde que a ONU começou a manter registros em 2005. A situação se intensificou a partir de 7 de outubro, quando o grupo Hamas promoveu um ataque que resultou em mais de 1,2 mil mortes. A partir desse momento, autoridades israelenses impuseram severas restrições ao movimento dos palestinos na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental.
Segundo a ONU, as restrições incluíram o fechamento de quase todas as entradas de vilarejos e cidades palestinas para o acesso de veículos, além do isolamento de cidades e vilas palestinas das estradas principais. Portões de estradas foram fechados e montes de terra ou bloqueios de concreto foram colocados nas estradas, dificultando assim a mobilidade dos palestinos na região.
O relatório da ONU também apontou um aumento considerável nos ataques aéreos, incursões de veículos blindados e escavadeiras enviadas a campos de refugiados e outras áreas densamente povoadas na Cisjordânia. Essas ações resultaram em mortes, ferimentos e danos extensos à infraestrutura civil, com pelo menos 105 palestinos perdendo a vida, incluindo 23 crianças.
Um dos eventos mais impactantes ocorreu nos dias 19 e 20 de outubro, quando as forças israelenses realizaram uma incursão de 30 horas no campo de refugiados de Nur Shams, em Tulkarem. Durante essa operação, 14 palestinos, incluindo seis crianças, foram mortos, mais de 20 ficaram feridos e 10 indivíduos foram detidos pelas autoridades.
A situação na região continua a gerar preocupações, com a ONU pedindo medidas urgentes para evitar a escalada da violência e garantir a proteção dos civis. A comunidade internacional observa atentamente a evolução do conflito, buscando soluções diplomáticas e humanitárias para a grave crise entre Israel e Palestina.
