Além disso, outros países membros da Opep+, como Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Cazaquistão, Argélia e Omã, também farão cortes menores em suas produções. No entanto, a reação dos mercados foi negativa em relação a esses cortes voluntários e a ausência de um acordo coletivo da Opep+. O preço do Brent, referência europeia para o petróleo bruto, caiu 0,31% e atingiu US$ 82,84 por barril no fechamento dos pregões na Europa.
A reunião da Opep+, que estava inicialmente marcada para domingo em Viena, foi adiada devido a divergências internas. A Arábia Saudita tem enfrentado dificuldades para convencer alguns países africanos a concordarem com a redução da produção. Angola e Nigéria expressaram o desejo de aumentar suas quotas de produção para garantir mais lucros com o petróleo.
Essa decisão da Opep+ surge em um contexto de incerteza econômica e taxas de juros elevadas, que têm prejudicado os preços do petróleo. A aliança pretende manter cerca de 5 milhões de barris por dia no subsolo desde o final de 2022, aproveitando a escassez de oferta para tentar impulsionar os preços.
No entanto, a notícia dos cortes na produção e a reação negativa dos mercados indicam que o setor de energia ainda enfrenta desafios significativos. A falta de consenso entre os membros da Opep+ também pode abrir caminho para novas divergências e impactar os preços do petróleo nos próximos trimestres.