Países da Opep+ anunciaram redução da produção de petróleo para 2024, com efeito nos mercados e estimativa de aumento nos preços.

Países da Opep+ anunciaram nesta quinta-feira (30/11) que iriam reduzir ainda mais a sua produção de petróleo em 2024, visando conter a queda dos preços do produto. A Arábia Saudita e a Rússia encabeçam a iniciativa, com Riade prolongando seus cortes de um milhão de barris por dia até o final do primeiro trimestre de 2024. Já Moscou reforçará a redução das exportações, passando de 300 mil para 500 mil barris por dia.

Além disso, outros países membros da Opep+, como Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Cazaquistão, Argélia e Omã, também farão cortes menores em suas produções. No entanto, a reação dos mercados foi negativa em relação a esses cortes voluntários e a ausência de um acordo coletivo da Opep+. O preço do Brent, referência europeia para o petróleo bruto, caiu 0,31% e atingiu US$ 82,84 por barril no fechamento dos pregões na Europa.

A reunião da Opep+, que estava inicialmente marcada para domingo em Viena, foi adiada devido a divergências internas. A Arábia Saudita tem enfrentado dificuldades para convencer alguns países africanos a concordarem com a redução da produção. Angola e Nigéria expressaram o desejo de aumentar suas quotas de produção para garantir mais lucros com o petróleo.

Essa decisão da Opep+ surge em um contexto de incerteza econômica e taxas de juros elevadas, que têm prejudicado os preços do petróleo. A aliança pretende manter cerca de 5 milhões de barris por dia no subsolo desde o final de 2022, aproveitando a escassez de oferta para tentar impulsionar os preços.

No entanto, a notícia dos cortes na produção e a reação negativa dos mercados indicam que o setor de energia ainda enfrenta desafios significativos. A falta de consenso entre os membros da Opep+ também pode abrir caminho para novas divergências e impactar os preços do petróleo nos próximos trimestres.

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