Operação do Ministério Público de São Paulo prende quatro ligados a empresas de ônibus em esquema de lavagem de dinheiro do PCC

Na manhã desta terça-feira (9), uma operação realizada pelo Ministério Público de São Paulo resultou na prisão de quatro pessoas ligadas a duas empresas de ônibus da capital paulista. A ação investiga um esquema de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa que estaria infiltrada na prestação de serviços públicos no sistema de transporte da cidade.

As empresas envolvidas são a Transwolff e a Upbus, responsáveis pelo transporte de cerca de 700 mil passageiros diariamente em São Paulo e que receberam mais de R$ 800 milhões de remuneração da Prefeitura em 2023, de acordo com informações da Promotoria.

Entre os presos com ordem judicial estão Luiz Carlos Efigênio Pacheco, conhecido como Pandora e dono da Transwolff, empresa que atua na zona sul da cidade. Ele tem longa trajetória no setor, tendo passado pela Cooper Pam antes de fundar a Transwolff em 2015. Outro detido foi Robson Flares Lopes Pontes, dirigente da Transwolff, responsável pelas linhas de Santo Amaro, Capão Redondo e Campo Limpo. Joelson Santos da Silva, sócio da Transwolff, e Elio Rodrigues dos Santos, secretário da empresa, também foram presos durante a operação.

No entanto, um dos alvos da ação, Silvio Luiz Ferreira, conhecido como Cebola e apontado como liderança do PCC, continua foragido. Ele foi anteriormente apontado como proprietário de 56 ônibus da UPBus, outra empresa envolvida na operação.

Até o momento, as empresas e os investigados não se manifestaram sobre as prisões. A reportagem tentou contato, mas não obteve resposta. A defesa dos presos também não foi localizada para comentar o caso. A investigação sobre o esquema de lavagem de dinheiro e a atuação do PCC no setor de transporte público em São Paulo segue em andamento.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo