O conflito entre Israel e o grupo palestino ganhou destaque no início de outubro, quando o grupo palestino atacou Israel, levando o país a iniciar uma ofensiva e, posteriormente, uma incursão terrestre na Faixa de Gaza. As cidades de Beit Hanoun e Bureij foram alvos da operação, que progrediu em direção à Cidade de Gaza, onde estão localizadas a administração do Hamas e edifícios militares.
A violência tomou uma proporção ainda maior devido às acusações de que o Hamas estaria mantendo reféns em uma rede de túneis sob Gaza. Essa suspeita levou Israel a cercar e atacar hospitais na região, que já enfrentavam dificuldades devido à falta de eletricidade e suprimentos médicos, além de abrigar palestinos que haviam perdido suas casas devido aos ataques.
Após uma trégua temporária, as hostilidades foram retomadas em dezembro, com ambas as partes acusando o outro lado de desrespeitar o acordo. Durante esse período, o grupo palestino libertou 114 reféns israelenses em troca de mulheres e meninas de Gaza que estavam detidas em Israel.
A intensificação do conflito foi evidenciada pelo retorno dos ataques israelenses a Gaza, que passaram a ocorrer em toda a região, incluindo áreas que anteriormente haviam sido sugeridas como locais seguros para refugiados palestinos. O professor Danny Orbach, historiador militar da Universidade Hebraica de Jerusalém, avaliou a estratégia das Forças de Defesa de Israel (FDI) como sendo o uso de poder aéreo seguido de incursões cada vez maiores nos territórios visados.
Essa escalada da violência chocou a comunidade internacional, que tem se manifestado em apoio à busca de uma solução pacífica para o conflito. A situação de crise humanitária em Gaza tem sido uma preocupação constante e a pressão por um cessar-fogo tem aumentado. Enquanto isso, as tensões entre Israel e o grupo palestino continuam a alimentar um ciclo de violência que coloca em risco a vida e a segurança de civis inocentes em ambas as partes do conflito.
