O motivo alegado pelo movimento para essa reocupação foi o descumprimento por parte do governo federal dos compromissos assumidos para o assentamento das famílias que haviam deixado o local em julho do ano anterior. Jaime Amorim, da direção nacional do MST, ressaltou que nenhum dos 17 pontos acordados foi cumprido pelo governo, o que motivou a decisão de reocupar a fazenda. O movimento enfatizou a importância da reforma agrária e criticou a falta de responsabilidade na condução desse processo.
A Embrapa, procurada para comentar a situação, não se manifestou até o momento. Vale ressaltar que essa fazenda em Petrolina foi invadida pela primeira vez em abril do ano anterior, o que gerou tensões entre o MST e o governo Lula na época. O presidente Lula manifestou preocupação com as invasões, temendo desgaste político e dificuldades no avanço de pautas de interesse do governo.
O MST cobra, além do assentamento das famílias, a transformação da unidade avançada do Incra em Petrolina em uma superintendência. O movimento também ocupou outras áreas, como uma de 1.500 hectares da Codevasf e uma na zona da mata no norte do estado, relacionada à Usina Maravilha. Essas ações fazem parte do movimento do MST em busca de garantias para a reforma agrária e a desapropriação de terras de usinas devedoras.