O impasse surgiu devido ao fato de que a empresa responsável pela operação do barco, Transwolff, está sob investigação por sua suposta ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC) e, por isso, está sob intervenção da prefeitura desde abril. A gestão Nunes celebrou o convênio com a SPTrans apenas nesta terça-feira (7), para que esta possa operar o transporte aquático, conforme publicação no Diário Oficial.
De acordo com o prefeito, a fase de testes do transporte aquático poderá durar seis meses e durante esse período não haverá cobrança de tarifa. A operação assistida contará com dois barcos, cada um com capacidade para 60 pessoas, que funcionarão das 6h às 20h, realizando o percurso entre o bairro Cantinho do Céu, na região do Grajaú, ao Parque Mar Paulista, em Pedreira.
Inicialmente programado para inaugurar no dia 27 de março, o projeto foi suspenso devido a alegações do Ministério Público sobre a necessidade de mais estudos sobre o impacto ambiental na represa Billings. No entanto, após apreciação da Cetesb, que concluiu que não haveria necessidade de licenciamento ambiental devido ao pequeno impacto do projeto, a liminar foi suspensa pelo desembargador José Helton Nogueira Diefenthaler em 14 de abril.
O transporte aquático é um dos principais projetos que Ricardo Nunes pretende concretizar durante sua campanha à reeleição à Prefeitura de São Paulo. A proposta foi inicialmente sugerida por ele em 2014, quando ainda era vereador. A previsão é de que o sistema aquático facilite o deslocamento dos moradores locais, reduzindo o tempo de viagem e a demanda por múltiplas conexões de ônibus.