Aos 58 anos, Caputo, ex-ministro das Finanças e ex-presidente do banco central, assume o cargo de Ministro da Economia da Argentina, com a tarefa árdua de controlar a inflação, reconstruir as reservas negativas e combater a recessão. Este novo desafio é ainda mais complexo devido às exigências de seu novo chefe, o presidente ultraliberal Javier Milei, que defende medidas drásticas como o fechamento do banco central e a dolarização da economia.
Essas propostas, apesar de extremas, encontraram eco entre muitos eleitores, especialmente diante da inflação elevada e da alta taxa de pobreza, que afeta cerca de 40% da população argentina. Além disso, a situação se agrava com a iminente crise da dívida com os detentores de títulos e o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Apesar dos desafios, a nomeação de Caputo já está movimentando os mercados locais, com investidores esperando que ele atue como um freio às ideias mais radicais de Milei. Sua nomeação gerou otimismo entre os mercados, levando à expectativa de que ele traga políticas econômicas mais ortodoxas e, possivelmente, evite medidas mais drásticas, como a dolarização da economia.
No entanto, Caputo terá que enfrentar um terreno extremamente delicado, com desafios muito mais complexos do que os que enfrentou em 2015, quando estava à frente do portfólio financeiro. Segundo José Echague, chefe de estratégia da empresa local Consultatio, a tarefa será extremamente difícil, mesmo para alguém com a expertise de Caputo, comparando a situação com a junção de Messi e Maradona no mesmo time, ressaltando que o sucesso não é garantido.
Portanto, a expectativa em torno da atuação de Caputo como Ministro da Economia é grande. Com um histórico sólido e a confiança do mercado, espera-se que ele possa desempenhar um papel crucial na recuperação econômica argentina. No entanto, o sucesso dependerá da capacidade de conciliar as demandas de Milei, as necessidades do país e as pressões do mercado internacional.
