Promotores do estado de Nova York alegam que os métodos de contabilidade utilizados pelas companhias de Trump permitiram que ele obtivesse condições de financiamento favoráveis, aumentando artificialmente o valor de seus ativos, como campos de golfe e torres de apartamentos. No entanto, o ex-presidente negou veementemente qualquer irregularidade.
É importante destacar que, diferente dos quatro processos criminais que Trump enfrenta, este julgamento civil não representa uma ameaça direta à sua liberdade. Atualmente, o ex-presidente está se preparando para uma possível tentativa de retorno à Casa Branca.
A procuradora-geral de Nova York, Letitia James, busca uma multa de 250 milhões de dólares, além de restrições que impediriam Trump e seus filhos Eric e Donald Jr de praticarem atividades comerciais no estado. Até agora, as evidências apresentadas no julgamento revelaram que funcionários da empresa, incluindo os filhos de Trump, estiveram envolvidos em manipulações do valor avaliado de propriedades da família, como a “Mar-a-Lago”, localizada na Flórida.
Um dos depoentes no caso é o ex-advogado e corretor de Trump, Michael Cohen, que testemunhou em uma audiência no mês passado que o ex-presidente o orientou a alterar as demonstrações financeiras de forma a aumentar seu patrimônio líquido.
Apesar dos problemas jurídicos, Trump segue mantendo uma liderança na corrida pela nomeação presidencial do Partido Republicano. De acordo com uma pesquisa divulgada pela NBC News na última segunda-feira (30), os eleitores republicanos parecem não se incomodar com as questões legais que envolvem o ex-presidente.
O depoimento de Trump neste julgamento civil certamente trará grande atenção da mídia e do público em geral. Resta agora aguardar os desdobramentos desse processo e as possíveis consequências políticas e legais para o ex-presidente dos EUA.
