Segundo o ex-deputado federal cassado Deltan Dallagnol, que acionou o MPF em novembro do ano passado, os fatos narrados devem ser investigados e podem caracterizar atos de improbidade administrativa. Dallagnol argumenta que a prática de rachadinha no gabinete de Janones pode configurar enriquecimento ilícito, lesão ao erário ou violação aos princípios da Administração Pública.
O despacho para a abertura do inquérito foi assinado pelo procurador Daniel Cesar Azeredo Avelino em dezembro. Além disso, o Conselho de Ética da Câmara também instaurou um processo para apurar a suposta prática de rachadinha no gabinete do parlamentar.
É importante ressaltar que Janones nega as acusações e alega não ter praticado qualquer ato de improbidade administrativa. Ele afirma que está colaborando com as investigações e se comprometeu a prestar todos os esclarecimentos necessários às autoridades responsáveis pela apuração dos fatos.
A suposta prática de rachadinha, que consiste na devolução de parte do salário de assessores parlamentares aos políticos, é alvo de diversas investigações no Congresso Nacional e tem sido motivo de polêmica nos últimos anos. A abertura de inquérito contra Janones mostra que as autoridades estão atentas a essas práticas e buscam coibir qualquer tipo de irregularidade no uso dos recursos públicos.
É importante ressaltar que o devido processo legal deve ser seguido, e o parlamentar terá a oportunidade de se defender e apresentar sua versão dos fatos. A sociedade aguarda que as investigações sejam conduzidas de forma imparcial e que a justiça seja feita, independentemente do cargo ou posição política do investigado.
