No ano passado, Pyongyang anunciou ter realizado testes de um drone de ataque nuclear subaquático, que, segundo o governo norte-coreano, teria a capacidade de desencadear um “tsunami radioativo”. Essa declaração só aumentou a tensão na região, pois a possibilidade de um ataque nuclear subaquático representaria uma ameaça inédita e de escala catastrófica.
Além disso, a Coreia do Norte tem avançado em seu programa espacial, colocando com sucesso seu primeiro satélite de observação militar em órbita, após receber ajuda técnica da Rússia em troca de armamentos para a guerra na Ucrânia. Essa cooperação entre Pyongyang e Moscou tem sido objeto de preocupação para os Estados Unidos, que acusam a Coreia do Norte de fornecer equipamento militar à Rússia para a guerra na Ucrânia.
A recente visita da ministra das Relações Exteriores norte-coreana, Choe Son Hui, à Rússia também levanta questões sobre o papel de Moscou no fortalecimento das capacidades militares da Coreia do Norte. A agência oficial norte-coreana, KCNA, anunciou que Choe Son Hui e seu homólogo russo, Sergey Lavrov, discutiram o reforço da “cooperação estratégica e tática” e a aplicação de um acordo negociado entre Kim Jong-un e Vladimir Putin.
Diante desse cenário, a comunidade internacional observa com crescente preocupação a escalada de tensões na península coreana e a possível influência da Rússia no fortalecimento do arsenal militar da Coreia do Norte. Enquanto Washington acusa Pyongyang de fornecer equipamento militar à Rússia para a guerra na Ucrânia, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, ressalta a importância da parceria entre os dois países e afirma que estão comprometidos com o desenvolvimento de relacionamentos em diversas áreas, inclusive as mais sensíveis.
Assim, o “tsunami radioativo” evocado pelas declarações belicosas da Coreia do Norte e a crescente cooperação com a Rússia colocam um alerta vermelho sobre a segurança e estabilidade da região e levantam sérias preocupações sobre o futuro da península coreana.
