Comunidades indígenas do Chile suspendem diálogo sobre mineração de lítio com Codelco e SQM no salar de Atacama

As quatro maiores comunidades indígenas do salar de Atacama, no Chile, decidiram suspender o diálogo com as empresas Codelco e SQM sobre a expansão da mineração de lítio na região. A decisão foi anunciada em um comunicado divulgado nesta segunda-feira.

A Codelco e a SQM concordaram em iniciar conversas com um conselho de representantes de 18 comunidades indígenas em dezembro, como parte dos esforços da Codelco para estabelecer uma parceria público-privada controlada pelo Estado. No entanto, as comunidades Toconao, Camar, Socaire e Peine afirmaram que, apesar dos esforços, não houve uma verdadeira vontade por parte das empresas em manter o diálogo.

Em um comunicado conjunto datado de 14 de abril, as comunidades expressaram sua insatisfação com a postura das empresas e afirmaram que os fatos mostraram a falta de comprometimento das partes envolvidas. A decisão de suspender o diálogo foi tomada como forma de protesto e como uma tentativa de chamar a atenção para as demandas das comunidades indígenas.

A mineração de lítio é uma atividade de grande importância econômica para o Chile, um dos maiores produtores mundiais do metal. No entanto, a exploração de recursos naturais como o lítio muitas vezes gera conflitos com comunidades locais, que lutam para preservar seus territórios e recursos naturais.

A suspensão do diálogo entre as comunidades indígenas do salar de Atacama e as empresas Codelco e SQM evidencia as tensões existentes entre os interesses econômicos e as preocupações ambientais e sociais. A resolução desses conflitos exigirá um compromisso genuíno de todas as partes envolvidas em buscar soluções que respeitem os direitos e interesses das comunidades locais.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo