Essa alteração permitirá um maior controle sobre as imagens captadas e as operações em campo, segundo o governador. Além disso, uma central poderá acionar as câmeras remotamente caso perceba que o policial não as ligou durante uma ocorrência.
Para o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, as novas funcionalidades irão iniciar com a compra de 3.125 câmeras em julho e outras 7.000 em agosto. Ele destacou a possibilidade de retroagir no tempo na gravação das imagens, permitindo uma análise mais ampla das ações dos policiais.
No entanto, as mudanças foram criticadas por especialistas em segurança pública. De acordo com esses especialistas, o novo edital coloca em risco a eficácia do programa iniciado há quatro anos, que era considerado bem-sucedido.
As entidades sociais que assinaram a nota de repúdio afirmam que a retirada da funcionalidade de gravação ininterrupta das câmeras coloca a decisão de acionamento nas mãos dos próprios policiais, o que pode comprometer a transparência e integridade das informações captadas.
As novas câmeras terão uma capacidade de gravação ampliada, de 12 para 14 horas, e melhorias na bateria. O objetivo é aumentar as medidas de compliance e possibilitar aos superiores imediatos visualizarem as ocorrências logo após sua realização.
Neste contexto, é importante que haja um debate amplo sobre as mudanças propostas e que se leve em consideração a opinião de todos os envolvidos para garantir a segurança e a transparência nas ações policiais.