Até o momento, não há confirmação oficial sobre desvios de valores, mas estimativas veiculadas pela imprensa indicam uma margem que varia de R$ 3,5 milhões a R$ 14 milhões. O Tesouro Nacional informou que as tentativas de operações suspeitas foram identificadas, porém, não causaram prejuízos à integridade do sistema, sem fornecer informações sobre a concretização das transações.
As invasões no Siafi foram realizadas através do uso indevido de credenciais de gestores federais no Portal Gov.br, não havendo indícios de ataques hackers externos que explorassem vulnerabilidades de segurança na plataforma.
Criado em 1987, o Siafi é fundamental para o controle e acompanhamento da execução do Orçamento Geral da União, registrando os pagamentos feitos pela conta única do Tesouro Nacional. Além de controlar as despesas primárias, financiadas com tributos arrecadados da população, e financeiras, como gastos com títulos públicos e empréstimos, a plataforma possibilita o monitoramento do patrimônio do governo.
O sistema é dividido em diferentes áreas de controle, administração e execução orçamentária e financeira, utilizadas não apenas pelo Poder Executivo, mas também pelos Poderes Legislativo e Judiciário. O Tesouro Nacional divulga mensalmente o resultado primário do Governo Central com base nos dados do Siafi, enquanto o Banco Central utiliza uma metodologia diferente para calcular déficits e superávits, levando em consideração a variação do endividamento de cada esfera de governo.
A investigação em curso busca esclarecer as invasões e garantir a segurança e integridade do Siafi, com o objetivo de garantir a transparência e correção nas finanças públicas do Brasil.
