Câmara dos Deputados aprova restrição de renúncia fiscal para setor de eventos em R$15 bilhões até 2026 em consenso com governo.

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira o projeto de lei que restringe a renúncia fiscal do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Serviços (Perse) a R$ 15 bilhões, com foco no incentivo ao setor de eventos, até dezembro de 2026. A decisão foi tomada após um consenso entre os deputados federais e o governo federal, de acordo com informações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

O projeto original, de autoria dos deputados José Guimarães e Odair Cunha, previa a redução gradual dos benefícios tributários, chegando à extinção a partir de 2027. No entanto, após negociações, foi aprovado um substitutivo da deputada Renata Abreu, que estabelece um acompanhamento bimestral da Receita Federal sobre a isenção fiscal dos cinco tributos abrangidos no programa.

O Perse foi criado para auxiliar empresas do setor de eventos afetadas pela pandemia de covid-19 e, com a limitação da renúncia fiscal em R$ 15 bilhões, busca-se equilibrar os impactos econômicos provocados pela crise sanitária. Além disso, o pente-fino na habilitação das empresas a receberem o benefício visa garantir que apenas aquelas realmente necessitadas sejam contempladas.

O líder do governo, José Guimarães, assegurou que o governo manterá o montante de R$ 15 bilhões e ressaltou que a redução no número de atividades beneficiadas foi solicitada pelos líderes da Câmara, e não pelo governo. A deputada Renata Abreu destacou que o acordo com o governo foi essencial para evitar prejuízos e insegurança jurídica no processo legislativo.

A proposta agora segue para votação no Senado e, caso seja aprovada, entrará em vigor com as modificações estabelecidas pela Câmara dos Deputados. O acompanhamento periódico da isenção fiscal e a limitação do valor destinado ao programa visam garantir a transparência e a eficiência na utilização dos recursos públicos, beneficiando de forma mais direcionada as empresas afetadas pelo cenário de crise.

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