Desde o dia 7 de abril, observadores já estão de olho no cometa na Região Nordeste do Brasil, aguardando ansiosamente o momento em que ele se tornará mais visível. Os estados situados ao Norte do país serão os primeiros a avistá-lo, à medida que ele se aproxima de sua posição mais próxima do Sol.
No entanto, segundo o astrônomo do Observatório Nacional, Filipe Monteiro, não será possível observar o Cometa do Diabo a olho nu devido à intensidade de seu brilho imprevisível. Será necessário utilizar instrumentos como binóculos e telescópios para uma melhor visualização. O período ideal para a observação será entre 17h40 e 18h30, momento em que o cometa estará mais visível no horizonte oeste, na mesma direção do pôr do sol.
No dia 2 de junho, o cometa estará particularmente próximo da Terra, porém, infelizmente, sua visibilidade não será ideal. O 12P/Pons-Brooks pertence à categoria dos cometas tipo Halley, com duração entre 20 e 200 anos, e foi inicialmente descoberto em 1812 pelo francês Jean-Louis Pons. Após uma redescoberta independente em 1883 pelo inglês William Robert Brooks, o cometa ganhou o apelido de “Cometa do Diabo” em 2023 devido a uma explosão que o deixou consideravelmente mais brilhante e com uma aparência distintiva de chifres.
Apesar de seu nome curioso, o Cometa do Diabo não tem qualquer ligação maligna, esclarece o Observatório Nacional. A semelhança do cometa com a nave Millennium Falcon, da saga Star Wars, que aparenta ter “chifres” em seu formato, tem instigado os astrônomos a investigar a origem desses elementos em sua composição.
Os cometas são corpos celestes compostos por gases congelados, rocha e poeira, que se tornam ativos quando se aproximam do Sol e têm o gelo aquecido, transformando-se em gás. Essa transformação gera uma nuvem ao redor do cometa, chamada de coma. Todas essas informações foram fornecidas pelo Observatório Nacional, que está acompanhando de perto a passagem do Cometa do Diabo pelo céu do Hemisfério Sul.