De acordo com o advogado, testemunhas locais afirmam que os policiais continuaram atirando mesmo após serem alertados sobre a presença de crianças no local. Para Lozano, a conduta dos agentes foi no mínimo ilegal, se não criminosa, e demonstra falta de treinamento e excesso de violência, desvirtuando o papel de proteção da polícia em um país civilizado.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que as circunstâncias do incidente estão sendo investigadas em inquérito policial militar. O advogado também criticou o prazo dado pela SSP para a divulgação das imagens das câmeras corporais dos policiais envolvidos, alegando que essa medida visa abafar o caso.
Por outro lado, o coronel Massera, chefe da comunicação da PM, afirmou que as imagens das câmeras corporais mostram que o garoto não estava no alcance dos disparos dos policiais, levantando a possibilidade de que o ferimento tenha sido causado por outros meios. No entanto, o advogado contesta essa versão, alegando que as imagens feitas por moradores mostram claramente os policiais alterando a cena do crime.
Diante das acusações de adulteração do local do confronto, a SSP negou qualquer intervenção dos policiais e destacou que as câmeras portáteis utilizadas no ato não apresentaram indícios de violação. As imagens serão disponibilizadas conforme solicitação do Ministério Público e do Poder Judiciário, fazendo parte das provas dos inquéritos em andamento.
O caso continua sob investigação e levanta questões sobre o uso da força policial e a necessidade de transparência nas apurações desses incidentes. A defesa do garoto ferido segue empenhada em buscar a verdade e responsabilizar os envolvidos pelos danos causados.