Neste ano, em que se completam 28 anos do trágico massacre, o MST convocou seus apoiadores para um ato político e religioso, tendo a reforma agrária sustentável como pauta principal. O evento, que atrai milhares de pessoas, teve início às 8h do dia 17 de abril e contou com atividades culturais, discursos e a presença de manifestantes em busca de justiça e igualdade no campo.
Como parte da jornada de luta conhecida como Abril Vermelho, o MST realizou mais de 30 ações em 14 estados do Brasil, mobilizando mais de 20 mil famílias sem terra. Dentre as ações, destacam-se 24 ocupações de terras em 11 estados, visando chamar a atenção para a urgência da reforma agrária diante da crescente concentração fundiária no país.
A recente iniciativa do governo federal de implementar o programa Terra da Gente, com o objetivo de assentar 295 mil famílias até 2026, foi recebida com cautela pelo MST. O movimento reconhece a importância de alternativas legais para a obtenção de terras, porém alerta para a necessidade de investimentos consistentes e efetivos na reforma agrária, a fim de garantir o acesso à terra e a segurança alimentar para milhares de brasileiros.
Apesar do anúncio de um aumento no orçamento para a desapropriação de terras neste ano, o MST destaca que ainda há um longo caminho a percorrer para garantir a efetiva distribuição de terras e o desenvolvimento da agricultura familiar no Brasil. A luta pela reforma agrária continua, e o MST permanece firme em sua missão de promover a justiça social e a igualdade no campo.