Cantor de pagode Latrell Brito é o centro de investigação que liga empresas ligadas ao PCC a fraudes em licitações em SP

Na manhã de hoje, a operação Munditia desencadeada pelo Ministério Público de São Paulo revelou um esquema de fraudes em licitações que ligava empresas ao PCC, com o cantor de músicas melódicas Vagner Borges Dias, também conhecido como “Latrell Brito”, no centro das investigações.

De acordo com documentos da investigação, uma denúncia anônima levou os promotores a descobrirem que a empresa de Vagner seria a vencedora de uma licitação na área de saúde em Guarulhos, em 2023, antes mesmo da abertura do envelope. O esquema consistia na simulação de disputas em diversos pregões para garantir contratos milionários.

Após identificarem a participação do cantor neste esquema, os promotores chegaram até pessoas ligadas a ele por meio de empresas de fachada, indicando que estas estariam interligadas a Vagner Borges Dias. As primeiras disputas ocorreram em cidades como Guarulhos, Ubatuba, Guarujá, Ferraz de Vasconcelos e Araraquara, envolvendo representantes do PCC e empresários condenados por tráfico de drogas.

O Ministério Público autorizou a quebra de sigilo telefônico de Latrell Brito, que foi flagrado em imagens ostentando armas, munições e grandes quantias de dinheiro em espécie. Nas redes sociais do cantor, há denúncias de empresas que deixaram funcionários sem receber após serem contratadas. Durante a operação de hoje, 13 dos 15 mandados de prisão foram cumpridos, mas não foi confirmado se o cantor foi preso.

A equipe da CNN tentou entrar em contato com Vagner Borges Dias para obter mais informações sobre o caso. A investigação revelou a complexidade do esquema de fraudes em licitações e sua conexão com o PCC, mostrando a importância de ações como a operação Munditia para combater esse tipo de crime.

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