Ministério Público entra com recurso para impedir benefício de regime aberto a Alexandre Nardoni após condenação por morte da filha.

O Ministério Público de São Paulo agiu rapidamente para tentar reverter a decisão da Justiça que concedeu a Alexandre Nardoni o benefício do regime aberto. Nardoni, condenado a 30 anos, dois meses e 20 dias de reclusão pela morte de sua filha Isabela, foi liberado da Penitenciária II de Tremembé no dia 6 de maio após a progressão de regime ser concedida.

A promotora responsável pelo caso argumentou que Nardoni deveria passar por mais avaliações psiquiátricas antes de ser autorizado a progredir para o regime aberto. Segundo ela, o condenado deve ser submetido a testes mais aprofundados, como o teste de Rorschach, para verificar possíveis transtornos de personalidade e avaliar se representa ou não um perigo para a sociedade.

No recurso apresentado à Justiça, o Ministério Público ressaltou a gravidade do crime cometido por Nardoni, classificando-o como um crime hediondo e bárbaro. A promotoria destacou a frieza emocional demonstrada pelo condenado, sua insensibilidade acentuada, caráter dissimulado e ausência de arrependimento como motivos para que ele permaneça em regime semiaberto até que o recurso seja julgado.

Diante desses argumentos, o MP solicitou uma medida cautelar para que o Tribunal de Justiça determine o retorno imediato de Nardoni ao regime semiaberto. A decisão final cabe agora à Justiça, que terá que analisar os fatos apresentados pelo Ministério Público e decidir se o condenado continuará em regime aberto ou se voltará para o semiaberto.

Enquanto isso, a sociedade aguarda ansiosamente por uma definição, preocupada com a possibilidade de Nardoni representar um perigo em potencial caso permaneça em liberdade. O desfecho desse caso será fundamental para reforçar a confiança da população no sistema judiciário e garantir que a justiça seja feita em nome da pequena Isabela Nardoni.

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