Dirigentes do BCE sinalizam corte de juros em junho, mas mantêm postura cautelosa diante de incertezas econômicas globais.

Dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) revelaram hoje a possibilidade de uma redução nas taxas de juros na reunião de junho. As declarações de Peter Kazimir e Olli Rehn indicaram que a autoridade monetária está considerando a hipótese de um corte nos juros para estimular a economia da zona do euro.

Peter Kazimir, presidente do BC da Eslováquia, destacou em um post em um blog da instituição que a inflação na zona do euro está mostrando sinais de declínio sustentado. Ele afirmou que, embora a economia deva ganhar impulso no segundo semestre do ano, é necessário manter uma abordagem cautelosa. Mesmo após um eventual corte nas taxas de juros, a política monetária permanecerá restritiva, de acordo com Kazimir.

O dirigente enfatizou que o cenário econômico global está sujeito a choques, como uma escalada repentina da inflação, uma crise econômica global ou mudanças no comportamento dos consumidores. Nesse sentido, manter a flexibilidade na política monetária é essencial para mitigar os impactos dessas variáveis na economia.

Já Olli Rehn, presidente do BC da Finlândia, ressaltou que as decisões do BCE serão guiadas pela evolução dos indicadores econômicos. Embora haja sinais de melhora na atividade econômica, especialmente devido à resiliência do mercado de trabalho, Rehn alertou para os riscos ainda presentes, como questões geopolíticas que poderiam prejudicar a recuperação da economia europeia.

Ambos os dirigentes concordam que a situação econômica da zona do euro requer monitoramento e prudência nas decisões de política monetária. A possibilidade de um corte nos juros na próxima reunião do BCE, em junho, está em pauta, mas a autoridade monetária está atenta aos dados econômicos e aos possíveis impactos de variáveis externas.

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