O plenário da Câmara registrou também 129 votos contrários à manutenção da prisão e 28 abstenções. Vale destacar que, conforme as regras estabelecidas pela Casa, para manter a prisão preventiva é necessário o apoio da maioria absoluta dos deputados, ou seja, 257 votos.
A prisão de Chiquinho Brazão foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator do inquérito, e ratificada pela 1ª Turma do STF. A decisão do plenário da Câmara seguiu o parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), elaborado pelo deputado Darci de Matos (PSD-SC), que recomendou a manutenção da prisão preventiva por crime flagrante e inafiançável de obstrução de Justiça com envolvimento de organização criminosa.
Além do deputado, seu irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, também é acusado de ser mandante do crime. O processo foi encaminhado ao Supremo devido ao foro privilegiado dos envolvidos.
O assassinato de Marielle Franco ocorreu em março de 2018, época em que Chiquinho Brazão era vereador na capital fluminense. A votação na Câmara foi acompanhada atentamente pela imprensa e por toda a sociedade, que aguarda ansiosamente por mais informações sobre o desfecho deste caso complexo e chocante.