Durante a sessão, Darci de Matos enfatizou que a questão em análise não se referia ao homicídio de Marielle, mas sim à obstrução contínua da justiça, justificando a necessidade da prisão preventiva. O advogado de Brazão, Cleber Lopes, contestou a flagrante delito, levantando dúvidas sobre a atuação da Polícia Federal no caso.
Por outro lado, deputados favoráveis à manutenção da prisão argumentaram que a CCJ não estava julgando o crime em si, mas sim as questões legais relacionadas à prisão. Chico Alencar, do Psol, ressaltou que ainda há muito a ser descoberto no caso, sugerindo a existência de outros possíveis mandantes do crime.
Delegado Éder Mauro defendeu o relaxamento da prisão, alegando que não se pode permitir que deputados sejam detidos de forma arbitrária. Já Rubens Pereira Júnior negou qualquer perseguição e reforçou a gravidade da obstrução de justiça como crime permanente.
Durante a reunião, Chiquinho Brazão participou por videoconferência e minimizou a discordância que teve com Marielle na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, afirmando que o caso tomou proporções exageradas. A disputa entre os dois políticos envolvia a regularização de áreas na capital fluminense.
Diante de todos os argumentos apresentados, a decisão final sobre a manutenção da prisão de Chiquinho Brazão agora aguarda o veredicto do Plenário. O caso continua a despertar debates acalorados e dividir opiniões no cenário político nacional.