No entanto, procuradores federais contestaram a legalidade da decisão, afirmando que a licença deveria ter sido emitida pelo Ibama, e não pelo órgão ambiental estadual. A oposição do povo indígena mura também é destacada, já que eles alegam não terem sido consultados sobre o uso de suas terras ancestrais para o projeto da mina de potássio.
A Justiça Federal de Manaus já havia suspendido o projeto em 2016, determinando a consulta prévia aos indígenas, embora posteriormente tenha anulado a liminar que suspenderia a licença estadual da empresa. Os líderes mura buscam a demarcação do território, enquanto a Potash Corp alega ter apoio de lideranças indígenas locais.
A comunidade mura e a Associação Indígena do Amazonas enviaram cartas aos procuradores rejeitando a decisão do governo estadual. A Brazil Potash é controlada por empresas canadenses, como a CD Capital, a Sentient e o Forbes & Manhattan Group, liderando investimentos no setor de mineração na região.
O embate entre órgãos ambientais, lideranças indígenas e empresas estrangeiras demonstra os desafios enfrentados na busca por um equilíbrio entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental na Amazônia. A decisão sobre a construção da mina de potássio continua a ser um ponto de conflito e debate no cenário ambiental e jurídico do país.