Ministro defende início do debate sobre exploração de gás de “fracking” no Brasil, apesar das críticas ambientais e internacionais.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, está defendendo a discussão sobre o início da exploração do gás de “fracking” no país. Essa técnica, também conhecida como fraturamento hidráulico, consiste em usar água com areia e produtos químicos para quebrar rochas profundas e extrair o gás. Apesar de seu potencial econômico, o “fracking” é amplamente criticado por ambientalistas devido aos diversos problemas que a técnica pode causar, como a contaminação do lençol freático, o uso intenso de água, a degradação do meio ambiente e os riscos para a saúde.

Os debates em torno do “fracking” surgem em um momento crucial, em que a comunidade internacional tem se comprometido a reduzir a dependência de combustíveis fósseis para enfrentar a crise climática. Durante a COP28, conferência do clima da ONU, os países concordaram em reduzir gradualmente a exploração de combustíveis fósseis, o que torna a proposta de Silveira controversa.

O ministro reconhece os impactos ambientais da técnica, mas argumenta que o Brasil deve analisar a possibilidade de autorizar a atividade, desde que sejam implementadas compensações ambientais. Ele destaca a necessidade de explorar os potenciais naturais do país para atender às demandas de energia, produção de alimentos e outras necessidades.

Por outro lado, ambientalistas e especialistas alertam para os graves danos que o “fracking” pode causar ao meio ambiente e à saúde das pessoas. Eles destacam que o tema já foi amplamente debatido no Brasil, com várias cidades e estados proibindo a prática da técnica devido aos seus impactos negativos.

A proposta de Silveira de expandir a exploração de gás por meio do “fracking” vai na contramão da transição energética necessária para combater as mudanças climáticas. Investir em novos projetos de combustíveis fósseis pode comprometer os esforços do Brasil para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e cumprir os compromissos internacionais, como o Acordo de Paris. Portanto, a discussão em torno do “fracking” levanta questões importantes sobre como conciliar o desenvolvimento econômico com a proteção do meio ambiente e a promoção da sustentabilidade.

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