O caso foi parar na Justiça em fevereiro, quando o Santander obteve uma liminar da 14ª Vara Cível para reaver imediatamente o terreno, alegando a quebra do contrato devido às condições precárias do equipamento. No entanto, o clube recorreu e conseguiu a cassação da liminar, enquanto aguarda o julgamento final para decidir o futuro da associação em relação à sede.
Fundado por funcionários do extinto Banco do Estado de São Paulo em 1930, o centro esportivo foi alocado em Santo Amaro, em um terreno pertencente ao banco. Após a compra do Banespa pelo Santander em 2000, o contrato de comodato foi prorrogado até 2030, com a possibilidade de rescisão em caso de falta de manutenção.
O Santander alega ter encontrado irregularidades no local e ter solicitado documentos para verificar a real condição financeira do clube, o que teria motivado a ação judicial. O advogado do clube afirma que o interesse do banco é explorar financeiramente o terreno, ignorando as questões sociais, culturais e esportivas envolvidas.
Durante a pandemia, o Santander teria tentado assumir a gestão do clube, sem sucesso, e passou a questionar o estado de conservação do local. O Banespa argumenta que as condições precárias foram resultado do período em que o espaço ficou fechado devido à crise sanitária e que já realizou as reformas necessárias.
O desfecho desse impasse agora aguarda o julgamento para definir se a associação perderá sua sede ou se conseguirá manter suas atividades no local disputado.