Presidente do STF libera para julgamento processo sobre foro privilegiado para políticos com placar favorável à ampliação até o momento.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, tomou uma decisão importante nesta terça-feira (1º), ao liberar para julgamento o processo que trata do foro privilegiado para políticos. O julgamento havia sido suspenso na semana passada após um pedido de vista do próprio Barroso, mas agora está marcado para ser retomado no dia 12 de abril, de forma virtual.

O placar atual do julgamento está em 5 a 0 pela ampliação do foro por prerrogativa de função, mais conhecido como foro privilegiado. Isso significa que deputados federais e senadores que respondem a processos na Corte podem ser impactados por essa decisão. O voto do ministro Gilmar Mendes, relator do caso, está prevalecendo, defendendo que o foro privilegiado de um político permanece se o crime foi cometido durante o exercício da função parlamentar. No entanto, em casos de renúncia, não reeleição ou cassação, o processo seria mantido no STF.

Outros ministros do Supremo, como Dias Toffoli, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Alexandre de Moraes, também votaram no mesmo sentido de manter o foro privilegiado nessas circunstâncias específicas. O caso em questão envolve um habeas corpus do senador Zequinha Marinho (Podemos-PA), acusado de práticas relacionadas à “rachadinha”, que consiste na suspeita de exigir parte do salário de seus funcionários quando era deputado federal em 2013.

Com a evolução da carreira política de Marinho, que se tornou vice-governador do Pará e senador, o processo foi transferido entre diferentes instâncias da Justiça. Agora, o julgamento no STF pode definir os rumos de casos semelhantes, impactando o futuro de diversas autoridades do país que possuem foro privilegiado. O desfecho desse processo terá repercussões significativas no âmbito político e jurídico brasileiro.

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