Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão critica os 60 anos do golpe militar de 1964 em nota oficial.

No último domingo, a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão emitiu um comunicado contundente sobre os 60 anos do golpe militar de 1964, considerado um dos maiores erros da história do Brasil. O órgão destacou os inúmeros crimes cometidos durante a ditadura militar, como homicídios, torturas, estupros, sequestros e abusos de autoridade, ressaltando a gravidade das violações aos direitos humanos que ocorreram no período de 1964 a 1985.

A Procuradoria, responsável por ações judiciais contra violações de direitos humanos, enfatizou que é dever jurídico e moral do Estado preservar a memória do golpe para impedir que situações semelhantes se repitam no futuro. Segundo o comunicado, a democracia brasileira não será plenamente estável sem o conhecimento e a discussão sobre os eventos e as consequências do regime de exceção, ressaltando a importância da memória em vez do esquecimento.

O texto, assinado pelo procurador federal dos Direitos do Cidadão, Carlos Alberto Vilhena, e outros membros do Ministério Público Federal, também abordou a questão da impunidade estrutural relacionada às violações da ditadura. As recentes tentativas de ações antidemocráticas em Brasília e a invasão das sedes dos Poderes da República em janeiro de 2023 foram citadas como exemplos de como o esquecimento, os segredos e a ocultação da história podem incentivar a impunidade e ameaçar os pilares da soberania, cidadania e dignidade da pessoa humana.

Portanto, o comunicado da Procuradoria dos Direitos do Cidadão reforça a importância da memória e da verdade histórica como instrumentos fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa e democrática, alertando para os riscos de repetição de erros do passado caso não sejam confrontados e superados.

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