Relatório da Polícia Federal no caso Marielle Franco gera crise com Ministério Público do Rio de Janeiro

A investigação do caso Marielle Franco, que envolveu a Polícia Federal e o Ministério Público do Rio de Janeiro, gerou uma crise entre as instituições. O relatório da PF apontou resistência por parte do MP-RJ em federalizar a investigação logo após o crime, o que causou desconforto entre os promotores envolvidos. A PF prendeu o deputado Chiquinho Brazão, seu irmão Domingos e o delegado Rivaldo Barbosa, suspeitos de envolvimento na morte da vereadora.

Segundo o relatório da PF, o ex-procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Eduardo Gussem, teria se oposto à federalização da investigação. A PF afirmou que Gussem e o delegado Rivaldo Barbosa buscaram dificultar a atuação dos órgãos federais na apuração do crime. No entanto, Gussem negou ter conversado com autoridades de outras instituições sobre a federalização e defendeu a atuação do MP-RJ no caso.

O MP-RJ divulgou uma nota em que afirma que, mesmo com a decisão do STJ de não federalizar o caso, houve diálogo direto com a esfera federal para compartilhamento de informações e adoção de medidas colaborativas. A instituição destacou os avanços na investigação, como as denúncias contra os ex-PMs Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, e a acusação por obstrução em razão de uma falsa testemunha plantada no inquérito.

Além disso, o MP-RJ ressaltou que várias investigações em curso, como a suposta constituição de organização criminosa e homicídios, estão sob sigilo e sendo realizadas pelo Gaeco. A instituição afirmou que não medirá esforços para enfrentar as tentativas de desqualificar o trabalho executado por suas estruturas.

A nota do MP-RJ destaca a importância da colaboração entre as esferas estatais para a resolutividade das investigações e para atender às demandas da sociedade. A instituição confia na soma de esforços de todas as partes envolvidas para obter respostas e justiça para o caso Marielle Franco.

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