Buscas por “amor próprio” atingem menor nível desde 2016, indica levantamento do Google Trends no Brasil.

A busca pelo termo “amor próprio” atingiu seu menor índice no Brasil desde janeiro de 2016, de acordo com um levantamento realizado pelo Google Trends. Em fevereiro de 2023, as buscas por esse tema caíram cerca de 45% em comparação com o mesmo período em 2023.

O pico de interesse dos brasileiros pelo amor próprio foi observado em junho de 2020, durante o Dia dos Namorados no primeiro ano da pandemia de Covid-19. A psiquiatra Jéssica Martani aponta que a queda nas buscas pode indicar que as pessoas estejam encontrando outras formas mais práticas de cuidar de si mesmas além das buscas online.

Martani também destaca que, durante a pandemia, quando o isolamento social era mais intenso, as buscas por “amor próprio” possivelmente refletiam a necessidade das pessoas de dedicarem mais atenção a si mesmas e lidarem com sentimentos de solidão e desamparo. Com o retorno gradual à vida cotidiana, muitos indivíduos podem ter incorporado práticas de autocuidado em suas rotinas, como meditação, exercícios físicos e tempo dedicado a si mesmos.

A especialista ressalta que o amor próprio é uma conquista pessoal que vem acompanhada do autoconhecimento, do entendimento de defeitos e qualidades, da aprendizagem com erros e da capacidade de se perdoar. Apesar da queda nas buscas, o Brasil ainda é o país da América do Sul com maior interesse por amor próprio nos últimos 12 meses, e ocupa a sexta posição nas buscas globais sobre o tema, ficando atrás de Filipinas, Japão, Índia, Jamaica e Nepal.

Portanto, o cenário atual aponta para uma possível mudança de comportamento dos brasileiros em relação ao cuidado com o amor próprio, indicando uma maior integração de práticas de autocuidado na rotina diária. Essa tendência pode refletir uma maior conscientização sobre a importância de se dedicar tempo e atenção para si mesmo, contribuindo para o bem-estar e a saúde mental da população.

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