Advogado classifica absolvição de policiais que mataram Cláudia Ferreira como repugnante e gera revolta e impunidade

A absolvição dos seis policiais militares envolvidos no caso da morte de Cláudia Ferreira, em 2014, gerou revolta e indignação. O advogado João Tancredo, representante da família da vítima, classificou a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro como “repugnante”, tanto no âmbito criminal quanto cível.

O juiz Alexandre Abrahão Dias Teixeira considerou que os policiais agiram em legítima defesa durante um confronto com criminosos, resultando na morte de Cláudia. O vídeo que circulou na época, mostrando o corpo da vítima sendo arrastado por uma viatura policial, trouxe grande repercussão ao caso.

Além do processo criminal, a família de Cláudia também buscou reparação pelos danos causados pelo crime. As indenizações concedidas foram consideradas insuficientes pelo advogado da família, que criticou o acordo firmado entre o viúvo e os filhos com a Secretaria de Direitos Humanos na gestão do ex-governador Sérgio Cabral.

A absolvição dos policiais gerou repúdio não apenas da família de Cláudia, mas também de movimentos de defesa dos direitos humanos. Para Thais Ferreira da Silva, filha da vítima, a decisão foi injusta desde o início, e só ganhou relevância devido à divulgação do vídeo que chocou o país.

A diretora executiva da organização civil Criola, Lucia Xavier, expressou sua consternação com a decisão da Justiça. A Anistia Internacional no Brasil também se pronunciou, manifestando tristeza e desalento diante da absolvição dos policiais e criticando a falta de responsabilização pelos atos que resultaram na morte de Cláudia Ferreira.

O caso de Cláudia Ferreira evidencia a desumanização sofrida pelas vítimas e famílias negras, destacando a necessidade de luta contra a impunidade e a violência policial. A absolvição dos policiais militares destaca a urgência de medidas para garantir justiça e proteção aos direitos humanos, especialmente em casos envolvendo minorias.

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