O aumento da dívida ocorreu mesmo com o resgate de R$ 12,28 bilhões em títulos pelo Tesouro, principalmente em papéis corrigidos pela Taxa Selic. A alta foi impulsionada pela apropriação de R$ 55,25 bilhões em juros, aumentando o endividamento do governo.
A Dívida Pública Mobiliária interna (DPMFi) também registrou aumento, subindo 0,67% e alcançando R$ 6,362 trilhões em março. O Tesouro emitiu R$ 168,72 bilhões em títulos da DPMFi, o maior volume desde janeiro deste ano, com destaque para a troca de títulos corrigidos pela Selic que venceram no mês passado.
Além disso, a Dívida Pública Federal externa (DPFe) teve um acréscimo de 0,21%, chegando a R$ 276,73 bilhões em março devido à leve alta do dólar. O colchão da dívida pública, utilizado em momentos de turbulência, subiu pelo segundo mês consecutivo, alcançando R$ 887 bilhões.
A composição da DPF também apresentou mudanças, com a proporção de títulos corrigidos pela Selic caindo levemente e os títulos prefixados aumentando. O prazo médio da dívida subiu para 4,11 anos, refletindo a confiança dos investidores na capacidade do governo de honrar os compromissos financeiros.
As instituições financeiras continuam sendo os principais detentores da DPF interna, seguidas por fundos de pensão e fundos de investimento. A participação de não residentes na dívida aumentou de 9,8% em fevereiro para 10,2% em março.
Por meio da dívida pública, o governo obtém recursos dos investidores para cumprir obrigações financeiras, comprometendo-se a devolver o montante com correção após alguns anos. A evolução da DPF reflete as condições econômicas e a estratégia de financiamento do governo para manter a estabilidade financeira do país.