Foragidos da penitenciária federal de Mossoró são avistados por moradoras da zona rural de Baraúna, no Rio Grande do Norte

Hoje, moradoras da zona rural de Baraúna, no Rio Grande do Norte, relataram ter avistado os foragidos da penitenciária federal de Mossoró, que estão sendo procurados há 16 dias. Segundo informações, duas mulheres que trabalham em uma fazenda de frutas afirmaram ter visto dois homens sujos no assentamento Vila Nova 2. Ao perceberem a presença das moradoras, os homens fugiram para a mata, o que desencadeou uma operação policial na região.

As equipes de busca realizam cerco na área e estão utilizando cães farejadores para rastrear o odor dos fugitivos. Além disso, policiais especializados estão sendo infiltrados no terreno em busca dos foragidos. A região onde foram avistados os suspeitos fica próxima de onde eles teriam tentado invadir uma casa no último domingo, o que é considerado a última pista dos fugitivos. As autoridades acreditam que os foragidos ainda estejam no estado do Rio Grande do Norte e estão intensificando as buscas na divisa com o estado do Ceará.

Paralelamente à operação na região de Mossoró, foi realizada uma prisão na região metropolitana de Fortaleza (CE) de um homem suspeito de ajudar os fugitivos da penitenciária federal. Desde o início das buscas, seis pessoas já foram detidas por suspeita de envolvimento com os criminosos.

A fuga dos detentos da penitenciária federal de Mossoró, considerada inédita para esse tipo de presídio, ocorreu há 16 dias. Os dois fugitivos, conhecidos como Tatu e Deisinho, são suspeitos de terem ligação com a facção criminosa Comando Vermelho. De acordo com investigações preliminares, os fugitivos utilizaram uma barra de ferro retirada da estrutura da própria cela para conseguirem escapar, escavando um buraco na luminária.

Desde sua inauguração em 2003, as penitenciárias federais de segurança máxima tinham como objetivo desarticular o crime organizado, isolando e vigiando lideranças de facções criminosas. No entanto, quase 20 anos depois, a primeira fuga do sistema foi considerada grave pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, que anunciou medidas para reforçar a segurança e prevenir novas fugas.

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