Professores da UFF desenvolvem algoritmo para otimizar alocação de quartos em hospitais, mas enfrentam obstáculos para implementação

O caos diário vivido por hospitais é um problema que gera repercussões na logística de internação de pacientes. Para solucionar esta questão, professores e alunos do Instituto de Computação da Universidade Federal Fluminense (UFF) desenvolveram um algoritmo que otimiza o sistema de acomodação de quartos e leitos em hospitais.

De acordo com o professor Fábio Protti, a alocação manual de pacientes em um ambiente hospitalar de grande porte gera atrasos e inconsistências, resultando em muitas trocas de quartos para acomodar os novos pacientes. Diante disso, a equipe de pesquisadores criou um modelo baseado em algoritmo que promete automatizar a distribuição de quartos e leitos, tornando-a rápida e eficiente.

Embora o algoritmo já esteja em fase de aplicação potencial, ainda não há um acordo formal entre a UFF e o Sistema Único de Saúde (SUS) para iniciar os testes práticos. Além disso, os pesquisadores aguardam uma parceria com o Hospital Universitário Antonio Pedro (HUAP), em Niterói, para colocar em prática o sistema computacional automático que visa otimizar a acomodação de pacientes.

O algoritmo foi desenvolvido para levar em consideração o perfil dos pacientes e as características dos leitos e quartos disponíveis, buscando encontrar a acomodação mais adequada para cada caso. O sistema foi desenhado de tal forma que evite alocações ruins, penalizando casos como violações de recomendações de gênero nos quartos ou transferências desnecessárias de pacientes.

A próxima etapa inclui mapear os quartos de um hospital e pegar um histórico dos pacientes para que o algoritmo seja testado com as melhores alocações possíveis. A ideia é que, na chegada de um novo paciente, o sistema automatizado reorganize as alocações e indique ao operador como proceder. Tudo isso seria feito de forma automatizada, agilizando os processos que hoje são realizados manualmente.

Por fim, os pesquisadores estão trabalhando para aperfeiçoar o algoritmo e preparar uma versão completa do estudo, que conta com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj). Com isso, espera-se contribuir para a redução do tempo de espera por leitos em hospitais, beneficiando tanto os pacientes quanto os profissionais de saúde que atuam nesse ambiente.

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