Passarela de pedestres é destruída por fortes chuvas em Juquehy, no litoral norte de São Sebastião, e prefeitura programa reconstrução imediata.

FORTES CHUVAS DESTRUÍRAM PASSARELA EM JUQUEHY

Nesta terça-feira (20), fortes chuvas atingiram a costa sul de São Sebastião (SP), causando a destruição e o arrastamento de uma passarela de pedestres em Juquehy, localizada na rua Tiradentes e que interligava as vilas Progresso, Carioca e Paraná ao centro do bairro. A correnteza do rio Juquehy levou a estrutura, resultando em danos significativos para a comunidade local.

A Prefeitura de São Sebastião já anunciou que a reconstrução da passarela será imediata, com os trabalhos tendo início já nesta quarta-feira (21). No entanto, detalhes sobre o tempo necessário para concluir a obra e seus custos não foram fornecidos.

Enquanto os reparos são realizados, os pedestres são orientados a utilizar o acesso principal do bairro, que fica a uma distância de 800 metros da passarela que ruiu. O volume de chuva registrado foi de 117 mm em um período de 12 horas, levando a Defesa Civil a emitir alertas de deslizamentos para os moradores da região. Além disso, a sirene foi acionada na Vila Sahy, epicentro de uma tragédia ocorrida há um ano, quando 64 pessoas perderam suas vidas devido à chuva em São Sebastião.

A tragédia de um ano atrás levanta questionamentos sobre as comemorações planejadas pela prefeitura para marcar o aniversário do evento. Em meio à polêmica, a administração municipal programou dois shows sertanejos para marcar a data. No entanto, a realização da festa, conhecida como Show da Reconstrução, recebeu críticas por parte da população.

As apresentações anunciadas incluíam Fernanda Costa e a dupla Henrique & Diego, com custos de R$ 45 mil e R$ 120 mil, respectivamente. No entanto, somente Fernanda Costa se apresentou, com a dupla cancelando sua participação. O prefeito, Felipe Augusto, defendeu o gasto de R$ 165 mil nos shows, justificando que era um momento de celebrar a vida após a perda de muitas pessoas na tragédia do ano anterior.

A atitude da prefeitura gerou controvérsias e críticas da população, questionando a escolha de gastar quantias significativas com entretenimento diante de uma situação de emergência e reconstrução. A polêmica em torno dos shows e a destruição da passarela continuam a ser temas de discussão na região, à medida que a comunidade busca se recuperar das consequências das fortes chuvas.

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