O inesperado encontro aconteceu nas proximidades do circuito do Campo Grande, onde Joaquim estava atuando no projeto de rondas sociais, voltado para combate ao trabalho infantil e que presta apoio aos catadores, com refeições diárias. Enquanto isso, Vitor aproveitou a movimentação de foliões no Carnaval para atuar como catador de latas de alumínio e ajudar a esposa, que tinha uma licença de ambulante para vender bebidas.
O reencontro emocionou ambos os irmãos, que choraram juntos ao se abraçarem. Joaquim, ao relembrar o momento, descreveu como “emocionante” e afirmou que mal conseguia acreditar no que estava acontecendo. Vitor também expressou a sua descrença em reencontrar o irmão, mas prometeu que a partir daquele momento não mais se separariam.
Os dois irmãos viveram uma vida marcada por perdas e tragédias, como a morte de dois irmãos, Ana Paula e Marcos, em acidentes diferentes. Após a morte do pai, em 2009, eles se encontraram pela última vez no cemitério, ocasião em que se abraçaram e choraram juntos, emocionados.
Após anos de separação, Joaquim percorreu bairros de Salvador e de Lauro de Freitas em busca de informações sobre o paradeiro do irmão, mas não obteve sucesso. Enquanto isso, Vitor enfrentou problemas com alcoolismo e viveu em situação de vulnerabilidade, mas conseguiu deixar as ruas nove anos atrás, encontrando na esposa Dora e na paternidade um novo propósito de vida.
Agora, após o reencontro, Joaquim e Vitor prometem manter o contato e retomar os laços familiares. Eles planejam uma confraternização em família na próxima sexta-feira (16) e afirmam que ninguém mais os separará. O reencontro de Carnaval se transformou em um novo começo para os irmãos que, mesmo após tantos anos de separação, encontraram reciprocidade, amor e união.
