O spray e tinta corporal, tão populares entre os foliões que participam do Carnaval de rua, podem conter essas substâncias tóxicas, assim como as tintas temporárias de cabelo e maquiagens. Portanto, a recomendação é a seleção criteriosa desses produtos, dando preferência aos que apresentem menor quantidade de metais em sua composição.
O médico dermatologista do HSPE, Mario Cézar Pires, orienta o uso moderado desses itens para evitar a obstrução dos poros, que pode resultar em problemas dermatológicos, como abscessos e furúnculos. Ele ressalta a importância de utilizar pequenas quantidades e evitar longos períodos com os produtos na pele, além de lavar a pele o quanto antes para prevenir tais problemas.
Além disso, os foliões devem estar atentos à composição dos perfumes usados, especialmente os cítricos, que podem causar ardência e queimaduras na pele exposta ao sol. Pessoas alérgicas devem redobrar a atenção, pois muitos produtos podem conter parabenos e outros conservantes que podem desencadear reações alérgicas, como bolhas, coceira e descamação da pele.
O uso de glitter também requer cuidados especiais, pois os microplásticos presentes no glitter podem prejudicar os olhos e ferir a córnea. Por isso, o médico recomenda o uso de glitter biodegradável, que é hipoalergênico e mais ecológico.
Em suma, os foliões devem estar atentos à seleção e uso dos produtos de beleza durante o Carnaval, evitando substâncias tóxicas, utilizando com moderação e seguindo as orientações de especialistas e fabricantes. Essas medidas visam garantir a diversão sem comprometer a saúde da pele e dos olhos durante a festividade.