A pesquisa, que contou com 1.615 entrevistas feitas pela internet, mostrou que a população se divide quando se trata da responsabilização de Bolsonaro. Aproximadamente 42% dos entrevistados acreditam que o presidente deveria ser preso, contra 41% que discordam. Houve empate técnico quando perguntados se Bolsonaro está sendo perseguido injustamente pelas investigações, com 42,2% a favor e 40,5% contrários.
Além disso, quase metade dos entrevistados, cerca de 47,3%, afirmam que o Brasil está sob uma ditadura do Poder Judiciário. A pesquisa também mostrou que 38,2% acreditam que Bolsonaro será preso ainda este ano, e 36,4% não souberam opinar. Seguindo a mesma linha, 46,9% dos entrevistados acreditam que a declaração do estado de sítio e a destituição dos poderes do Supremo Tribunal Federal (STF), seguida por novas eleições, seria considerado um golpe de Estado.
A pesquisa também revelou que, caso Bolsonaro tivesse realmente declarado estado de sítio, 41,1% dos entrevistados não teriam apoiado essa medida. A defesa do ex-presidente afirma que o documento encontrado pela PF era um suposto pronunciamento que Bolsonaro iria fazer à nação, em rede nacional, explicando os motivos para a declaração do estado de sítio e uso da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) em uma operação executada pelos militares. No entanto, a defesa alega que o documento já era parte da investigação há algum tempo e que Bolsonaro pediu aos advogados para imprimi-lo.
A pesquisa também constatou que a maioria dos entrevistados não é apoiadora ou simpatizante de Bolsonaro, totalizando 51,1%. Em contrapartida, 39,6% se declaram bolsonaristas atualmente. Estes números mostram a divisão da população em relação às ações e intenções do ex-presidente.