Segundo o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), 97% dos presentes à assembleia aprovaram um indicativo de greve escalonada. A primeira paralisação, de 48 horas, está marcada para os dias 20 e 21. O sindicato afirma que o governo não atendeu às principais reivindicações dos servidores, que incluem a exigência de nível superior para o cargo de técnico, a mudança de nome do cargo de analista para auditor e a criação de uma “retribuição por produtividade institucional”, semelhante à existente para os auditores-fiscais da Receita Federal.
Além da paralisação, os servidores decidiram entregar imediatamente os cargos comissionados, incluindo gerências e diretorias. Segundo o Sinal, a medida pretende “provocar uma asfixia operacional e burocrática no órgão, como forma de pressionar o governo a atender às demandas da categoria”.
A categoria reivindica um reajuste de 36% e reestruturação da carreira. O Banco Central foi questionado sobre o impacto da mobilização nos serviços essenciais do órgão, como as atividades de fiscalização e o funcionamento do Pix, mas não forneceu informações.
A decisão dos servidores do Banco Central de paralisar as atividades mostra a insatisfação da categoria com a proposta do governo em relação aos reajustes salariais e às demandas da carreira. A decisão de entregar os cargos comissionados também demonstra a determinação dos servidores em pressionar o governo a atender suas reivindicações.
A paralisação dos servidores do BC terá impacto significativo no funcionamento do órgão, e fica a expectativa de como o governo irá lidar com a situação e buscar um acordo com a categoria para evitar prejuízos operacionais e burocráticos. A próxima semana promete ser de tensão e negociações entre os servidores e o governo.