Sete acusados de sequestro de Marcelinho Carioca se tornam réus na Justiça de São Paulo após decisão em janeiro

Sete acusados de participação no sequestro do ex-jogador Marcelinho Carioca e de sua amiga, Taís Alcântara de Oliveira, se tornaram réus na Justiça de São Paulo. A decisão foi proferida em 19 de janeiro, após as investigações da Divisão Antissequestro.

De acordo com o delegado Fabio Nelson, responsável pelo caso, no dia seguinte ao sequestro, foram presos três homens e uma mulher. O dinheiro retirado do jogador passou pelas contas dos três primeiros, enquanto a quarta pessoa foi responsável pelo cativeiro onde Marcelinho e sua amiga foram mantidos pelos criminosos.

Segundo o delegado, ao longo das investigações, foram identificados Matheus Eduardo Candido Costa, Caio Pereira da Silva e Camily Novais da Silva como os autores do sequestro. Eles são considerados foragidos, sendo que apenas Camily tem um advogado, porém as ligações não foram atendidas.

Os quatro indiciados presos foram ouvidos e confirmaram ter participado do sequestro. A suspeita da polícia é que eles façam parte de um grupo especializado em sequestros que obriga as vítimas a fazer transferências por meio de Pix.

Os presos devem responder por extorsão mediante sequestro, associação criminosa e receptação. Segundo a polícia, o grupo não sabia quem havia sequestrado, tendo conhecido a identidade da vítima apenas no cativeiro. Eles teriam sido atraídos pelo carro que Marcelinho dirigia, uma Mercedes.

O sequestro aconteceu depois que Marcelinho Carioca saiu de um show do cantor Thiaguinho na Neo Química Arena, em Itaquera, zona leste de São Paulo. Na volta para casa, o jogador parou em Itaquaquecetuba para deixar ingressos para a amiga, quando foi abordado por um grupo armado.

Marcelinho e sua amiga foram mantidos em um cativeiro, recebendo ameaças, inclusive a de uma roleta-russa. Um pagamento de R$ 60 mil foi feito por uma pessoa não identificada, supostamente a pedido de Marcelinho, enquanto os sequestradores chegaram a pedir R$ 200 mil.

Resgatado pela polícia, Marcelinho afirmou que foi coagido pelos criminosos a gravar um vídeo em que alegava ter sido sequestrado após sair com uma mulher casada. Porém, a polícia confirmou que essa narrativa havia sido criada pelos sequestradores para despistar as autoridades.

O caso continua em investigação pela polícia e a Justiça de São Paulo. A expectativa é de que os réus enfrentem um longo processo judicial por seu envolvimento no sequestro do ex-jogador e de sua amiga.

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