A obsessão por copos Stanley: quando a moda se torna um símbolo de consumo excessivo em meio a preocupações ambientais.

A coleção de copos Stanley, antes uma paixão de uma mãe do Arizona, agora se tornou uma febre que está causando polarização e questionamentos sobre consumo excessivo. A história começou com Holli, uma mãe de seis filhos, que inicialmente fazia parte de um pequeno grupo de fãs da marca Stanley, mas que viu seu interesse diminuir à medida que a empresa começou a lançar edições limitadas com mais frequência, saturando o mercado.

O que começou como um gesto para reduzir o consumo de garrafas plásticas não reutilizáveis, está se transformando em um símbolo de status, mania da internet e de consumo excessivo. Os copos reutilizáveis são frequentemente comercializados como uma alternativa sustentável, mas se não forem de fato reutilizados, perdem sua finalidade ambiental.

Apesar da história da marca Stanley, que existe há mais de 110 anos, ter começado a mudar em 2017 com a popularização do Quencher H20 Flowstate Tumbler, a febre dos copos agora está causando questionamentos sobre o impacto ambiental da produção em massa desses produtos. A produção de aço, material principal dos copos, é responsável por mais de 7% das emissões globais de gases de efeito estufa.

A empresa ainda não possui um programa de recompra ou reciclagem para os copos no final de sua vida útil, apesar de se comprometer a produzir 50% de seus produtos com aço inoxidável reciclado até 2025. Outras marcas concorrentes, como Hydro Flask e YETI, já possuem programas de troca e reciclagem, mas esses esforços de sustentabilidade precisam se expandir rapidamente para acompanhar as vendas.

Apesar das questões ambientais levantadas, a febre dos copos Stanley continua a crescer. Influenciadores das redes sociais exibem suas coleções, e a hashtag sobre o copo Stanley no TikTok está repleta de pessoas exibindo seus copos, muitas vezes sem uso. A marca e seus concorrentes são uma resposta às garrafas de água descartáveis, mas a atenção agora está voltada para a necessidade de reutilização efetiva e sustentabilidade na produção desses itens. A discussão sobre a febre dos copos Stanley destaca a importância de considerar não apenas o impacto positivo pretendido, mas também os impactos ambientais e o consumo consciente na sociedade contemporânea.

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