Justiça do Rio determina soltura de mulher envolvida em caso de idoso morto em agência bancária após pedido da defesa.

A Justiça do Rio de Janeiro concedeu a liberdade para Erika de Souza Vieira Nunes, de 43 anos, nesta quinta-feira (2). A decisão foi tomada após um pedido de revogação da prisão preventiva feito pela defesa da ré. Erika estava detida desde o dia 16 de abril, quando levou um parente idoso a uma agência bancária para realizar um empréstimo, mas o homem acabou falecendo no local.

A prisão de Erika ocorreu depois que o Samu constatou a morte de Paulo Roberto Braga, de 68 anos, e ela foi presa. Um vídeo da gerente do banco mostrava Erika insistindo para que o homem assinasse o documento, mesmo ele estando sem reação. A situação gerou comoção na sociedade.

A Promotoria denunciou Erika por tentativa de estelionato e vilipêndio a cadáver, tornando-a ré nos crimes. No entanto, a juíza Luciana Mocco, titular da 2ª Vara Criminal da Regional de Bangu, baseou sua decisão no fato de que o clamor público não é um requisito legal para manter a prisão preventiva.

A juíza ressaltou que não há indícios de que Erika tenha intimidado testemunhas ou represente um perigo para a sociedade, já que possui residência fixa. Ela impôs medidas cautelares, como o comparecimento mensal ao juízo e a proibição de sair do estado.

O caso foi amplamente divulgado após imagens de câmeras de segurança revelarem o momento em que Erika levava o idoso até o banco, onde ele veio a falecer. A polícia ainda investiga o caso para determinar se a ré teve alguma participação na morte do idoso. A decisão judicial de liberá-la sob essas condições repercutiu na sociedade e levantou debates sobre a legalidade da prisão preventiva.

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