Segundo a instituição, o objetivo dos valores liberados é apoiar os esforços políticos das novas autoridades para restaurar a estabilidade macroeconômica no país, após diversos “desvios severos” nos últimos trimestres de 2023. O FMI classificou o plano de estabilização como “ambicioso” e destacou o foco em forte ancoragem fiscal, políticas para reduzir a inflação de modo sustentável, reconstrução de reservas e resolução de distorções que servem como impedimentos ao crescimento econômico argentino.
A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, afirmou que as autoridades argentinas estão comprometidas em eliminar as restrições remanescentes que contribuem para a distorção do mercado e multiplicar práticas cambiais no curto prazo. Além disso, Georgieva defendeu o fortalecimento do Banco Central da Argentina, afirmando que a orientação da política monetária deve evoluir para apoiar a demanda monetária e a desinflação, enquanto a estrutura e as operações da política monetária serão ajustadas para fortalecer seu papel de ancoragem.
A decisão do FMI vem em meio aos esforços do governo argentino para reestruturar sua dívida e buscar apoio internacional para enfrentar a crise econômica que o país vem enfrentando. A renegociação dos empréstimos e a liberação dos recursos pelo FMI são vistos como um passo importante para a recuperação econômica da Argentina e para estabilizar a situação financeira do país.
Com o anúncio da liberação dos recursos, o governo argentino espera poder implementar as políticas necessárias para reverter os desequilíbrios econômicos e criar condições para retomar o crescimento de forma sustentável. A expectativa é que o apoio do FMI contribua para restaurar a confiança dos investidores e fortalecer a posição da Argentina no cenário internacional.