Presidente Lula e primeiro-ministro japonês discutem transição energética, proteção da Amazônia e acesso ao mercado bilionário de carne bovina

O encontro entre o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Brasília nesta sexta-feira (3) promete ser marcado por discussões sobre a transição energética, proteção da Amazônia, recuperação do Cerrado degradado e a possível entrada do Brasil no mercado japonês de carne bovina.

O principal objetivo do governo brasileiro durante a visita de Kishida é intensificar as relações políticas, ambientais e econômicas entre os dois países. Uma das pautas mais aguardadas é a oportunidade para o Brasil ingressar no mercado de carne bovina do Japão, que é avaliado em bilhões de dólares anualmente.

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Segundo o embaixador Eduardo Paes Saboia, o Brasil busca diversificar suas trocas comerciais e expandir o acesso ao mercado japonês para a carne bovina e suína. Com uma condição sanitária melhor do que em 2005, o Brasil busca obter o reconhecimento do Japão para exportação de carne bovina, destacando sua presença em mais de 90 mercados.

Além da carne bovina, outra demanda do Brasil é a ampliação da participação do etanol brasileiro no Japão. O país brasileiro se destaca pela eficiência energética de seu etanol em comparação com outros fornecedores, como os Estados Unidos.

Questões ambientais também estarão em pauta durante o encontro, com a possibilidade do Japão financiar o programa brasileiro de recuperação de áreas degradadas do Cerrado e investir no Fundo Amazônia. O Brasil poderá auxiliar o Japão em sua transição energética, exportando energia limpa para o país asiático.

Além das questões econômicas e ambientais, a visita do primeiro-ministro japonês também poderá envolver discussões geopolíticas, como a reforma do Conselho de Segurança da ONU. Brasil e Japão compartilham a aspiração de ocuparem assentos permanentes no Conselho de Segurança ampliado.

Com o Japão como o segundo principal parceiro comercial do Brasil na Ásia, a relação entre os dois países é estratégica e histórica. O encontro entre os líderes promete fortalecer ainda mais os laços econômicos e políticos, além de abrir portas para cooperações futuras em diversas áreas de interesse mútuo.

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