Servidores do Banco Central fazem greve de 24 horas em busca de melhorias na carreira e equiparação salarial.

Os servidores do Banco Central (BC) realizaram uma greve de 24 horas no dia 11, em virtude de reivindicações por melhorias na carreira. De acordo com o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), mais de 70% dos funcionários aderiram à paralisação.

Entre as demandas dos trabalhadores, está a equiparação da carreira com outras categorias semelhantes. O Sinal alertou que a greve poderia causar um “apagão” em todos os serviços do banco, com impactos no atendimento ao mercado e ao público, incluindo cancelamento de reuniões, manutenção em sistemas e atraso na divulgação de informações.

Além disso, a manutenção do PIX poderia ficar prejudicada, trazendo risco à continuidade dos serviços. A paralisação também poderia impactar projetos em andamento, como a moeda digital, Drex, a supervisão de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e Financiamento do Terrorismo e na regulamentação de ativos virtuais.

O Sindicato expressou insatisfação dos servidores com o tratamento dispensado às suas demandas, em comparação às concessões oferecidas a outras categorias típicas de Estado. A falta de diálogo e o alegado açodamento autoritário do presidente do BC, Roberto Campos Neto, também foram citados como motivos para a greve, juntamente com a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Independência do Banco Central.

Entre os pontos reivindicados pelos servidores estão reajuste nas tabelas remuneratórias, retribuição por produtividade, exigência de nível superior para o cargo de técnico e mudança no cargo de analista para auditor.

A próxima etapa da paralisação seria a entrega dos cargos comissionados de chefia, caso as negociações com o governo não avançassem, com previsão para a primeira quinzena de fevereiro.

O Sinal destacou a importância do Banco Central para a estabilidade econômica do país e apelou ao governo para considerar equitativamente todas as carreiras estratégicas.

A Agência Brasil buscou o posicionamento do BC em relação à greve e às negociações, mas a instituição não se pronunciou a respeito.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo