Programa de Monitoramento de Fauna utiliza Inteligência Artificial e Armadilhas Fotográficas para Preservação da Biodiversidade

O Programa de Monitoramento de Mamíferos Terrestres de Médio e Grande Porte, desenvolvido pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), por meio da Fundação Florestal, desempenha um papel fundamental na proteção da biodiversidade do Estado de São Paulo. Com 400 armadilhas fotográficas e análise automática das imagens, o programa auxilia nos padrões ecológicos e ações de preservação das espécies em Unidades de Conservação (UCs).

O objetivo do programa é ampliar o conhecimento sobre as espécies que habitam as UCs, facilitando a tomada de decisões e contribuindo para a preservação da flora e fauna local. Até o momento, mais de 60 espécies de mamíferos foram identificadas em mais de 30 mil registros, incluindo animais ameaçados de extinção, como a onça-pintada, o veado-mateiro, o tapiti, a anta, entre outros.

Em parceria com o Wildlife Insights, uma plataforma líder em inteligência artificial especializada em monitoramento de vida selvagem, o programa atua em 26 UCs de proteção integral, cobrindo uma área total de mais de 650 mil hectares. As armadilhas fotográficas, estrategicamente instaladas, representam 800 sítios amostrais em todo o estado de São Paulo, proporcionando registros valiosos da fauna local.

A plataforma do Wildlife Insights permite a análise automática de dados e imagens coletadas, acelerando o processo de categorização e ajudando pesquisadores e gestores a acessarem as informações em tempo real. Além disso, o programa utiliza um dashboard institucional com informações georreferenciadas para facilitar a visualização e o compartilhamento dos dados com o público em geral.

O subsecretário de Meio Ambiente, Jônatas Trindade, ressaltou a importância das UCs na preservação da biodiversidade e na análise do estado de conservação do ambiente. Ele destacou que o programa também promove a conscientização sobre a importância da conservação da fauna e o valor das UCs na proteção do meio ambiente.

Outro aspecto relevante do programa é a capacitação de 335 pessoas, das quais 150 estão envolvidas diretamente no monitoramento e na coleta de dados. O treinamento fornece habilidades técnicas essenciais e promove a conscientização sobre a importância da conservação da fauna e a valorização das UCs.

Além do monitoramento de mamíferos terrestres, o Programa de Monitoramento da Biodiversidade (Monitora BIOSP) inclui outras quatro subcategorias: primatas, borboletas, frugívoras, aves e flora. Esses subprogramas se inter-relacionam para obter dados essenciais que ajudam a compreender a ecologia das espécies e avaliar o impacto da ação humana e das mudanças climáticas no ecossistema.

O Programa de Monitoramento de Mamíferos Terrestres de Médio e Grande Porte contribui significativamente para a preservação da biodiversidade em São Paulo, fornecendo informações valiosas para a tomada de decisões relacionadas à conservação das espécies e dos ecossistemas. Com a utilização da tecnologia e parcerias estratégicas, o programa promove a conscientização e o engajamento da comunidade na preservação do meio ambiente.

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