Após o término do tratamento com um cirurgião plástico de outra instituição hospitalar, a advogada de Jorge Adão irá ajuizar a ação. O caso tomou proporções maiores depois que a vítima participou do quadro Papo de Rua, no jornal RJTV, da Globo, onde foi abordado pelo jornalista Chico Regueira.
O carioca, que passou por uma cirurgia de nove horas em agosto do ano passado, afirmou que ao acordar da sedação foi encaminhado ao Centro de Terapia Intensiva (CTI) e percebeu que sua pele estava saindo do braço, além de estar cheio de bolhas. O médico responsável pelo pós-cirúrgico teria relatado que algo havia dado curto, enquanto o cirurgião responsável atribuiu a queimadura de segundo grau a uma reação química da tatuagem.
O hospital, por sua vez, negou as acusações de Adão, afirmando que o incidente ocorreu devido a um desvio da descarga energética do bisturi elétrico próximo ao acesso venoso do paciente, algo absolutamente involuntário e lamentado pela instituição. Além disso, a instituição destacou que criou um comitê de diversidade e inclusão, além de ter sido orientada pelo Ministério Público Federal (MPF) a elaborar um protocolo de atendimento para pacientes praticantes das religiões de matriz africana, o que foi requisitado em dezembro do ano passado.
Adão terminou seu tratamento com outro cirurgião plástico e afirmou que o resultado deixou uma cicatriz horrorosa e causou queloide em seu braço. Ele manifestou sua insatisfação com a situação e afirmou que tanto o hospital quanto a equipe médica devem ser responsabilizados. O HSF, no entanto, ressaltou que o paciente recusou o acompanhamento de um cirurgião plástico oferecido pela instituição sem custo adicional.
Após a repercussão do caso, a população aguarda pelos desdobramentos do processo judicial movido por Jorge Adão e a posição do Hospital São Francisco na Providência de Deus diante das acusações de intolerância religiosa.