O Brasil é um dos 134 signatários do documento, que destaca a importância de incluir a agricultura e os sistemas alimentares como parte fundamental do caminho para alcançar os objetivos de longo prazo do Acordo de Paris.
A declaração também ressalta a necessidade de incluir a questão da agricultura e dos sistemas alimentares em planos de adaptação, estratégias de longo prazo e estratégias nacionais de biodiversidade, entre outros.
A inclusão desses temas nas estratégias climáticas dos países deve ser concretizada antes da realização da COP30, agendada para ocorrer em Belém, no Brasil, em 2025. Os possíveis progressos coletivos serão revisados na próxima conferência climática, em 2024.
A declaração também aponta a importância da orientação de políticas e apoios públicos voltados para a agricultura e alimentação, visando a redução de emissões, aumento de rendimentos e eficiência hídrica, além da redução do desperdício de alimentos e degradação de ecossistemas.
No entanto, especialistas ressaltam a necessidade de transformar essa declaração em ações concretas, especialmente quando se trata da implementação de práticas de agricultura de baixo carbono. A questão da transição justa e a atenção aos pequenos e médios produtores também são destacadas como pontos importantes a serem considerados.
Internacionalmente, a declaração foi bem recebida, destacando-se a importância de incluir a agricultura e os sistemas alimentares na agenda climática. No entanto, ainda há questionamentos sobre a abordagem da declaração em relação ao consumo de carne e a priorização de proteínas à base de plantas.
Além da declaração, a COP28 também foi marcada por um apelo da sociedade civil para a integração do tema de sistemas alimentares ao Acordo de Paris, enfatizando a necessidade de agir com urgência e esforço adequado diante das crises globais. Organizações internacionais e empresas também se uniram a esse apelo, ressaltando a importância da integração desses temas na agenda climática global.
